Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra.” Anisio Teixeira.

Filho Pródigo Moderno





Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Lucas 15:14


A vida de Oscar é parecida com a parábola do Filho Pródigo, com a diferença de ser uma história real.


Oscar morava nas proximidades de Porto Alegre e era filho de alfaiates. Seus pais praticamente trabalhavam dia e noite, e costumavam lhe dizer: – Filho, você não vai precisar trabalhar como nós, pois vamos lhe deixar uma herança muito grande! Vitimados pelo excesso de trabalho, o pai faleceu ainda cedo, e algum tempo depois, a mãe, deixando-lhe, realmente, uma enorme fortuna.


Antes de falecer, a mãe constituiu uma irmã sua como tutora de Oscar, para administrar os bens até que ele atingisse a maioridade.


O menino, ciente do patrimônio que lhe estava reservado, ao visitar uns primos, disse: – Eu tenho vergonha de dizer para os meus amigos que vocês são meus primos, pois eu sou tão rico e vocês tão pobres. E afirmava que quando ficasse adulto compraria um avião. Inconformado por não poder lançar mão dos bens imediatamente, e dizendo para si mesmo que a tia o estava querendo roubar, o moço contratou um advogado e conseguiu obter a maioridade antes do tempo determinado pela lei.


E começou a vender os bens, primeiramente para pagar o advogado, e depois, para esbanjar o dinheiro que os pais, com tanto sacrifício haviam juntado. Casas, terrenos e chácara foram vendidos em Esteio, RS, e Porto Alegre. Não aceitou conselhos de ninguém. Dissipou tudo aos poucos, na ilusão de que o dinheiro jamais acabaria.


Despertou tarde demais do seu ignorante sonho. Pouco lhe restava. A fortuna, tão avidamente assenhoreada, escapara-lhe por entre os dedos. De rico, tornou-se quase um mendigo. Foi visto por um parente no mercado de Porto Alegre, alimentando-se dos restos de alimentos que sobejavam em quantidade após a feira. Finalmente vencido pela necessidade de trabalhar, pôs-se a vender quinquilharias.


Mesmo assim passou fome e acabou morrendo na miséria. Oscar não teve sabedoria para administrar a herança. Fez papel de tolo. E o resultado não poderia ter sido outro.


O cristão precisa se convencer de que posses materiais não oferecem segurança e não têm valor permanente. Somos mordomos de Deus, e responsáveis pelo uso dos bens que Ele nos permitiu conseguir.

Meditações Diárias 2010