Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo. Filipenses 3:13, 14
Quando Alexandre, o Grande, tinha 19 anos, foi certa vez assistir a um rodeio com seu pai, Filipe II. E notou que ninguém conseguia montar um dos cavalos. Todos os cavaleiros eram jogados ao chão. Finalmente, Alexandre disse ao pai: “Gostaria de ter sua permissão para montar aquele cavalo. Acho que consigo.”
O pai, embora hesitante, deu-lhe permissão e Alexandre desceu à arena, colocou a mão sobre o elegante garanhão negro, virou-lhe a cabeça na direção do Sol e montou-o. Cavalgou nele em volta do estádio, parou, desmontou e o amarrou num poste. A multidão se pôs em pé para aplaudi-lo.
Quando Alexandre voltou para junto de seu pai, que estava na galeria real, Filipe lhe perguntou: “Filho, como é que você conseguiu fazer isso?” Alexandre respondeu: “Foi simples, pai. Eu apenas virei a cabeça do cavalo para o Sol, de modo que ele não ficasse assustado com minha sombra. Com a sombra atrás dele, o cavalo não ficou com medo de mim.”
Alexandre mais tarde relembrou que seu mestre, Aristóteles, lhe dissera: “Mantenha sempre sua sombra atrás de você, e conquistará o mundo.”
Paulo não era nenhum iniciante quando escreveu a epístola aos Filipenses. Já era idoso e havia alcançado uma experiência espiritual bem mais rica do que a maioria dos cristãos. Mas ainda assim ele reconhecia não ter alcançado a perfeição. E esquecendo-se das coisas passadas, ele mantinha os olhos fitos em seu alvo: Cristo.
Nós também não devemos nos culpar porque ainda não atingimos o alvo. Seremos culpados se não prosseguirmos e nos acomodarmos com as realizações passadas.
Algumas pessoas olham para o Oeste, lamentando o Sol poente. Outros contemplam o nascer do Sol, animados com os primeiros clarões da alvorada. É melhor olhar para a frente, para o caminho que precisamos trilhar, do que olhar para o caminho já percorrido.
Como cristãos, devemos manter as sombras e fracassos do passado atrás de nós e virar o rosto na direção do Sol da Justiça. Os olhos precisam preceder os pés. Se nosso olhar não estiver nEle, os pés se desviarão.
Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra.” Anisio Teixeira.
PAULO MENEZES